Aristóteles
Descrição
Tema de controvérsia entre os filólogos, a “Magna Moralia” (em grego antigo ἨΘΙΚΑ ΜΕΓΑΛΑ, Trans, Etiká Megala; e em português, “Grande Moral” ou “Grande Ética”), configura-se como o tratado de ética mais antigo. E, portanto, menos maduro da obra de Aristóteles. Embora alguns defendam a tese de que sua escrita foi anterior a Ética a Eudemo, outros a classificam como um escrito espúrio, provavelmente confeccionado por seus alunos. Apesar das dúvidas entorno de sua autenticidade, pode-se encontrar ao longo da obra claras noções que seriam posteriormente elucidadas e desenvolvidas nas grandes obras morais de Aristóteles; dentre as quais destaca-se: A) Felicidade (Eudaimonia): como em outras obras éticas de Aristóteles, a felicidade é apresentada como o bem supremo e o objetivo final da vida humana, aqui, discute-se a felicidade em relação à virtude e à vida contemplativa. B) Virtude: a obra examina as virtudes éticas e intelectuais, discutindo como elas são adquiridas e como se relacionam com a felicidade. C) Termo médio (Mesótes): a ideia do termo médio é explorada como instrumento de moderação dos excessos das ações e emoções humanas, e enquanto caminho para a virtude. D) Amizade (philia): embora tratada de forma menos extensiva do que na “Ética a Nicômaco”, o tema da amizade aparece, especialmente no que concerne seu valor para a vida prática. Deste modo, apesar de suas controvérsias, a “Magna Moralia” continua a ser um texto importante no estudo da ética antiga, oferecendo escólios fundamentais sobre as concepções de virtude, felicidade e conduta moral, que são centrais para o pensamento ético de Aristóteles. Seja como for, sua contribuição para a filosofia moral e sua influência no desenvolvimento posterior do pensamento ético garantem seu lugar no cânone filosófico.
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